NFTs: o que são as obras digitais que atraem o interesse de celebridades como Neymar e Snoop Dogg

SMU Investimentos
3 min readApr 8, 2022

Os negócios envolvendo os tokens não fungíveis movimentaram US$ 24,9 bilhões em 2021, ante US$ 94,5 milhões no ano anterior. Entenda como funciona esse mercado

Em janeiro, o jogador da seleção brasileira de futebol Neymar pagou US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 6 milhões) por duas obras de artes em NFT da coleção Bored Ape Yacht Club (BAYC). Poucos dias depois, o cantor Justin Bieber desembolsou US$ 1,3 milhão (mais de R$ 7 milhões) por uma arte da mesma (BAYC).

Por sua vez, o rapper Snoop Dogg tem uma coleção avaliada em mais de US$ 19,3 milhões (R$ 96,5 milhões). A lista das celebridades que investem em non-fungible tokens é vasta, tendo ainda nomes como a tenista Serena Williams e o rapper Jay-Z.

Mas a questão que vem despertando a curiosidade é: o que são, afinal, os NTFs?

Os tokens não fungíveis são ativos digitais que podem ser comparados ao bitcoin ou ao ethereum. É que assim como as criptomoedas, eles são registrados em blockchain. Dessa maneira, aquela obra de arte adquirida pelo comprador recebe uma espécie de certificado digital que atesta a originalidade do ativo — uma tecnologia que torna aquele item único.

Para explicar melhor, o termo fungível significa que aquele bem pode ser trocado por outro da mesma espécie. Um exemplo é quando uma pessoa empresta dinheiro a um amigo. No momento da devolução, é necessário transferir a quantia que representa o mesmo valor emprestado, e não as mesmas cédulas.

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Por outro lado, os produtos não fungíveis são exatamente o oposto, ou seja, eles são únicos ou personalizados. Assim, ao comprar um NFT, o investidor tem a certeza de que não há outra peça como aquela em circulação. Esse é um dos fatores que implicam no alto valor dos ativos negociados recentemente.

No entanto, apesar de se tornarem famosos entre os adeptos da arte, não há restrições para este tipo de criptoativo. É possível encontrá-los em músicas, terrenos no metaverso e itens utilizados para equipar personagens de games na web, como uma roupa ou armadura, ou até mesmo memes.

E esse mercado vem crescendo e despertando cada vez mais interessados. Segundo dados da DappRadar, as vendas de NFTs chegaram a US$ 24,9 bilhões em 2021. Para se ter ideia, no ano anterior, os negócios gerados pelos mesmos tokens atingiram US$ 94,5 milhões.

No último ano, foram 28,6 milhões de carteiras responsáveis pelos valores recordes nas transações, na comparação com as 545 mil carteiras em 2020. Por sua vez, a obra mais cara negociada em 2021 foi a”The Merge”, do artista Pak, por US$ 91,8 milhões.

Outra peça com preço elevado foi “Everydays: The First 5000 Days”, produzida por Mike Winkelmann (conhecido como Beeple), por nada menos que US$ 69,3 milhões. Mas, apesar de alguns negócios estarem na casa dos milhões de dólares, a faixa de preço para os NFTs de arte girou entre US$ 100 a US$ 1 mil em 2021, aponta a DappRadar.

No mercado, já há questionamentos a respeito das cifras astronômicas movimentadas. Em todo caso, quem investe em NFTs certamente está pensando no futuro, já que é possível que o setor passe por grandes mudanças nos próximos anos, assim como o metaverso e a promessa da Web 3.0.

Deseja saber mais sobre o mundo dos NFTs? No episódio 42 do podcast SMU Educa — O que precisamos saber sobre NFT’s -, o leitor pode entender os conceitos de tokens e blockchain e seus principais riscos.

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